Agricultura

Crescimento baixo e desuniforme da soja? Não culpe o clima, o erro pode ser seu!

By Shojiki Coaching em Agricultura e Pecuária

November 30, 2017

O Blog da Embrapa Soja divulgou um artigo comentando os inúmeros relatos de “problemas no estabelecimento e reduzido crescimento das plantas de soja, o que pode diminuir o número de plantas produtivas por hectare e o número de vagens por planta – dois componentes de rendimento de grãos. Além disso, as falhas de estande e o crescimento lento das plantas de soja dificulta o controle de plantas daninhas na lavoura.”

A situação relatada gera plantas dominantes e dominadas, o que limita a obtenção de altas produtividades, levando muitos produtores a ações desesperadas como a aplicação de vários produtos na lavoura. Fertilizantes foliares (que houvem dizer que ‘é bom aplicar’ – sem identificar se há uma deficiência na planta) e estimulantes de crescimento se tornam alvo das conversas e ‘recomendações’ dos vizinhos e vendedores, mas muitas vezes eles apenas aumentam os custos de produção e podem não trazer benefícios significativos, pois o motivo, especialmente neste ano, pode ser outro.

Segundo artigo do Dr. em Produção Vegetal, Alvadi Antônio Balbinot Junior, a emergência e o crescimento inicial da comunidade de plantas de soja de uma determinada cultivar são determinados, basicamente, por três fatores:

  1. qualidade das sementes;
  2. operação de semeadura (qualidade da semeadora e como esta é utilizada); e
  3. qualidade integral do solo (atributos físicos, químicos e biológicos).

“Esses fatores podem ser manejados pelo produtor. Por outro lado, o quarto fator não é influenciado pelo manejo – o clima. Nesse contexto, é necessário que o produtor acerte nos três primeiros fatores, minimizando o efeito de possíveis adversidades climáticas.”

A desuniformidade que está marcando esta safra deve-se em especial a ansiedade do produtor que plantou no “pó”, “a falta de água, associada a altas temperaturas do solo prejudica os processos fisiológicos das sementes e a sobrevivência do Bradyrhizobium (bactéria responsável pela fixação biológica do nitrogênio), o que pode se refletir em menor emergência, nodulação deficiente e baixo crescimento de plantas. Há situações em que a semeadura foi realizada em solos secos na superfície, mas com um pouco de água abaixo de 5 a 10 cm, permitindo a germinação apenas das sementes posicionadas em maiores profundidades, ocasionando falhas de estande e desuniformidade de tamanho de plantas”.

Após o período de estiagem, em várias regiões ocorreram chuvas intensas na segunda quinzena de outubro e início de novembro, muitas vezes associadas com baixas temperaturas e radiação solar. Como grande parte dos solos cultivados apresenta baixa taxa de infiltração, houve acúmulo de água nos sulcos de semeadura, mesmo que não visível pelo produtor, criando um ambiente com pouca disponibilidade de oxigênio às raízes da soja, muitas vezes perdurando por vários dias. Esse ambiente pobre em oxigênio prejudica a nodulação e provoca morte de células nas raízes, facilitando a infecção por fungos de solo – por exemplo fitóftora. Para reduzir esse tipo de problema, o mais indicado é a inserção de culturas no sistema que produzam elevada quantidade de raízes para estruturação do solo e palha para proteção do solo, como é o caso de braquiárias, consorciadas ou não com o milho. Além disso, em muitas lavouras houve perda de solo e plantas em razão da erosão, ainda muito presente no Brasil. É o manejo inadequado do solo potencializando o clima ruim (chuvas torrenciais + baixa radiação solar + frio).

Não quer passar por isso nas próximas safras? Fale com a equipe de Consultores da Shōjiki!

Veja como as plantas de nossos clientes estão uniformes e sadias! A área da foto abaixo é de um sistema de rotação de culturas entre Soja e Mandioca. Este é o resultado de um manejo de solo eficiente e uma tomada de decisão amparada por diagnósticos e planejamento consistente!

Foto: Shōjiki Coaching em Agricultura e Pecuária – Proprietário Cleber Geremias, da Fazenda Vale do Maracai, município de Iguatemi-MS

Foto: Shōjiki Coaching em Agricultura e Pecuária – Proprietário Cleber Geremias, da Fazenda Vale do Maracai, município de Iguatemi-MS

Foto: Shōjiki Coaching em Agricultura e Pecuária – Proprietário Cleber Geremias, da Fazenda Vale do Maracai, município de Iguatemi-MS

Foto: Shōjiki Coaching em Agricultura e Pecuária – Proprietário Cleber Geremias, da Fazenda Vale do Maracai, município de Iguatemi-MS