Agricultura

Você aduba a soja ou aduba o sistema?

By Shojiki Coaching em Agricultura e Pecuária

February 01, 2018

Quase a totalidade das áreas agriculturáveis no Brasil é utilizada em mais de uma safra. As condições climáticas por aqui permitem, em algumas regiões, até 3 safras (safra de verão, safrinha e safra de inverno) uma condição peculiar, considerando que outros grandes produtores de grãos e cereais só podem ter uma safra por ano.

Mas o que essa condição muda no manejo da fertilidade do solo e da nutrição de plantas? TUDO! Sim, TUDO! Além do fato de termos solos ácidos, que requerem a correção por calcário ou gesso agrícola, a constituição química dos nossos solos, a disponibilidade de luz solar e água também fazem com que a disponibilidade de nutrientes seja diferente.

Um dos maiores “problemas” que encontramos é o excesso de atenção ao NPK (extremamente necessário nos solos norte-americanos) e a falta de atenção ao Cálcio e Magnésio.

Voltando a questão da “quantidade de safras”, quando se tem uma única safra é possível concentrar toda a adubação as necessidades daquela cultura, situação similar a culturas permanentes como café, citrus e cana de açúcar, mas quando se utiliza a mesma área para 2 ou mais culturas (soja-milho, soja-mandioca, soja-feijão, soja-algodão, soja-milho-trigo, soja-milho-cevada, etc) é preciso repensar todo o planejamento de fertilidade do solo.

É preciso um planejamento do sistema.

De uma safra para outra a fertilidade oscila, assim como a exportação (e necessidade) de nutrientes. Enquanto a soja consegue inocular nitrogênio em suas raízes, o milho requer aplicação de adubos nitrogenados, que são mais caros, e muitas vezes são deixados em segundo plano no milho safrinha.

Aliás este é um dos grandes erros de planejamento, pensar que ‘porque é safrinha’ a produção será menor, então não vale a pena investir. Todas as culturas requerem atenção e planejamento, não importa se é safra de verão, safrinha ou safra de inverno. O manejo não pode ser negligenciado. Ao se optar pela atenção exclusiva na safra de verão, você deixa de priorizar o sistema e a fertilidade construída do solo, requerendo maior esforço (e custo) na próxima safra de verão.

Por que não planejar o sistema como um todo?

Quando iniciamos um trabalho com nossos clientes, enfatizamos o planejamento da fertilidade do solo. O que se aplica hoje será utilizado pela planta, mas também irá para o solo, irá compor também a palhada, e o que você aplicou na safrinha e/ou na safra de inverno também irá impactar na safra de verão, e vice-versa.

O solo é um recurso fundamental e não renovável, sua composição química e física é muito ampla, não permitindo ‘fórmulas prontas’. É preciso diagnóstico, e diagnóstico contínuo. Analisar o solo a cada safra, avaliar de 2 a 4 vezes a nutrição vegetal durante a safra, seguindo as recomendações de especialistas como a Shōjiki é o melhor caminho para garantir a máxima produtividade, eficiência e lucratividade ano após ano.

Tem dificuldades para planejar a adubação do sistema? Fale conosco! Estamos prontos para auxiliar no planejamento da sua propriedade e melhorar a sua lucratividade!