Agricultura

Você conhece os agregados do solo?

By Shojiki Coaching em Agricultura e Pecuária

February 08, 2018

Não, agregados do solo não são “torrões”. Era isso que você estava pensando, não é? Essa é uma confusão bem comum, mas são coisas bem distintas!

Os agregados do solo são resultados de diversos processos biológicos, físicos e químicos que, juntos, promovem a união de partículas. Micro-organismos do solo, exsudatos de raízes de plantas e pela própria matéria orgânica do solo (chamados agentes agregantes do solo), que formam pequenas estruturas responsáveis pela proteção do carbono do solo e manutenção de uma estrutura ideal para o desenvolvimento das plantas.

Daí a diferença dos “torrões” que são os principais sintomas de compactação do solo, estes são formados basicamente pela pressão exercida pelas máquinas agrícolas.

Quer ver a diferença? Ela é visível!

Nos agregados, facilmente percebemos a atuação dos micro-organismos pela rugosidade na superfície, alta porosidade e pela grande presença de raízes se desenvolvendo entre eles. Já os torrões são opacos e sem vida.

Foto:João Carlos de Moraes Sá (Fonte: Agropro)

Enquanto os torrões indicam problemas graves de fertilidade os agregados do solo se tornam um dos principais indicadores de qualidade dos solos. Grande parte dos benefícios da agricultura conservacionista para a qualidade do solo (maior infiltração de água, redução da erosão, aumento de matéria orgânica, etc.) são uma consequência direta da formação dessas estruturas.

Dentro do ecossistema do solo, eles são os responsáveis por proteger o carbono disponível no solo da oxidação, o que, por sua vez, acaba contribuindo para a criação de um ambiente ideal ao desenvolvimento de plantas.

Como estimular a agregação do terreno e garantir a estabilidade dos agregados?

O primeiro passo é seguir as recomendações de correção de macronutrientes indicadas pelo seu agrônomo da Shōjiki, é preciso diagnosticar corretamente a acidez e fazer as devidas correções, o manejo inadequado reduz a fertilidade e desequilibra o solo, facilitando o processo de desagregação.

A partir daí é preciso monitorar constantemente as condições do solo, estabelecer um planejamento de manejo eficiente, que envolva a rotação de culturas, integração lavoura-pecuária ou integração lavoura-pecuária-floresta, manter plantas de cobertura durante o inverno e praticar corretamente o plantio direto.

Também é fundamental acompanhar as questões físicas do solo, a realização de revolvimentos frequentes rompem os agregados do solo, tornando o solo suscetível à oxidação. É preciso também seguir as recomendações quanto à necessidade de curvas de nível, e evitar a queima da palha após a colheita.

Não deixe de acompanhar também a meso e macrofauna do solo, as minhocas possuem papel fundamental na formação e estabilização dos agregados.

Que tal já começar o planejamento para estimular a formação dos agregados do solo na sua propriedade? Fale com a equipe de Agrônomos da Shōjiki agora mesmo!

Foto de capa:  Pepe Álvarez (Technical University of Cartagena, Spain) Fonte: EUROPEAN GEOSCIENCES UNION