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Ervas Daninhas Resistentes? Nematóides? Doenças de solo? Veja a melhor forma de cuidar do solo e garantir a produtividade

É muito comum, durante nossos atendimentos, ouvir relatos e encontrar casos de áreas com ervas daninhas resistentes, presença de nematóides e várias outras doenças do solo, neste ponto, um Engenheiro Agronômo, assim como um médico, já identifica de antemão que o sistema de produção está esgotado! É como um paciente grave, na UTI, seu sistema imunológico não consegue mais reagir. É preciso um esforço conjunto para mudar este panorama e poder reverter, é a natureza nos mostrando que algo está errado e precisa ser revisto com urgência.

Estes assuntos foram temas de um debate na Expoagro, neste mês de maio. O painel “Intensificação e Integração na Agricultura”. Na primeira palestras o pesquisador Fernando Mendes Lamas, destacou como o modelo de produção em sucessão soja-milho provoca modificações nos agroecossistemas, prejudicando a fertilidade do solo. A soja colhida em solo com altos teores de umidade, que associado ao uso de maquinário agrícola favorece a sua compactação e contribui com aumento dos nematoides. Além disso, o uso de grade em favor da plantabilidade também é prejudicial ao solo.

“Com degradação do solo as plantas daninhas ganham força e isso exerce uma pressão muito forte sobre custo de produção das lavouras, que passam a demandar muito mais insumos. “O agroecossistema passa a ser um ambiente simples, com pouca bidiversidade, e essa simplificação leva a redução da capacidade de autorregulação do agroecossitema, que passa a ser instável e suscetível a entradas de energia externas e aumento de populações de insetos, nematoides e plantas daninhas”, explicou Lamas.

O pesquisador destacou a presença crescente da buva, capim amargoso e Amaranthus palmeri, destacando que é preciso monitoramento constante, rotação de culturas, manejo integrado e outras ferramentas para eliminar as plantas daninhas. Vale lembrar também que o excesso de sódio no solo pode ser provenientes de fertilizantes contaminados por sódio (como KCl) e corretivos de acidez (lama de cal).

Já o pesquisador Alexandre Dinnys Roese abordou o tema “Doenças de solo em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária”. Ele explicou que quanto mais diversificadas forem as fontes de carbono, mais saudável será o solo da propriedade, pois os microrganismos se alimentam das fontes de carbono e contribuem com inúmeras características do solo agrícola.

“Uma doença de solo ocorre em função de desequilíbrio na qualidade do solo e as doenças do solo são causadas por microorganismos (fungos, bactérias, entre outros). A atividade microbiana é que define a saúde do solo e essa atividade microbiana acontece em alguns ambientes do solo, chamados de hotspots (os principais são a rizosfera, a detritosfera, e os bioporos)”, explicou Roese.

De uma maneira geral, Alexandre enfatizou a importância de buscar formas que possam proporcionar o equilíbrio do ecossistema, pois isso gera um ambiente favorável para a produção.

Como opções o pesquisador falou sobre arranjos de integração envolvendo lavoura de grãos, pecuária e cultivo de espécies florestais. Entre os exemplos, mencionou a redução do mofo branco e do tombamento de plantas, além de facilitar o controle biológico”.

É como costumamos dizer aos nossos clientes nunca devemos trabalhar contra a natureza e sim sempre à favor dela. É preciso planejamento, avaliações e monitoramento frequente e um manejo adequado de fertilidade de solo e nutrição de plantas. Se o seu solo está apresentando estes sintomas, fale com nossa equipe. Vamos tratá-lo enquanto é tempo!

Créditos da foto de capa: Leandro Paiola Albrecht – Fonte: http://www.revistacampoenegocios.com.br/capim-amargoso-uma-planta-daninha-de-dificil-controle-2/