Você já ouviu falar do Ciclo PCDA? Ele vem lá da Administração, mais especificamente da área de Gestão da Qualidade e tem como objetivo fazer a empresa organizar os seus processos de trabalho buscando a melhoria contínua.
Isso mesmo, você já deve estar pensando “então posso aplicar isso na minha fazenda/propriedade e buscar uma melhoria contínua também?”. É claro que sim! Afinal ele trata de melhoria e performance, aumento da eficiência e da performance do negócio, e o Agro é um negócio também!
O que queremos aqui é mostrar para você como utilizar o Ciclo PDCA, e como nós, da Shōjiki, auxiliamos você neste processo!
Entendendo o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action – Planejar, Fazer, Checar e Agir)
- Planejamento: que consiste na identificação do problema, estabelecimento de metas, análise do fenômeno, análise do processo e plano de ação
- Fazer: É o momento da execução. Hora de trabalhar no que foi estabelecido no plano de ação
- Checar: é hora de acompanhar e avaliar se tudo saiu como o planejado, buscando identificar as falhas ou erros no processo de execução ou planejamento
- Agir: é hora de corrigir, quando possível, as falhas e iniciar uma nova etapa de planejamento
Será que no dia a dia do Agro somos capazes de executar este plano? 
Há uma ‘brincadeira’ (com um fundo de verdade aí) que circula pela internet falando como o ‘brasileiro’ executa o PDCA e seria mais ou menos assim:
- P de “Para que tanto planejamento?”
- D de “Demora muito mais para executar”
- C de “Confere se a coisa tá andando aí…”
- A de “Apaga incêndios e não tem tempo para pensar em mais nada”
Quando olhamos para o que a maioria faz, principalmente acompanhando as conversas em grupos e encontrando produtores e pecuaristas em eventos, vemos que a realidade é muito próxima à isso.
Então você deve estar se perguntando “como fazer o PDCA de maneira correta no Agro e entrar num processo de melhoria contínua na busca de uma Alta Performance?”
Para começar você deve ter em mente que o nosso ciclo, por conter muito mais variáveis incontroláveis que outros segmentos de mercado, precisa dedicar muito mais tempo ao Planejamento!
O Ciclo PDCA para promover uma Alta Performance no Agro
Planejamento
O nosso planejamento vai começar com o diagnóstico do solo, isso inclui o levantamento da fertilidade física, química e biológica da área. Precisamos destacar aqui 2 coisas:
- é preciso identificar as características das áreas e agrupá-las de forma adequada para o manejo. São muitos fatores que afetam a física, química e biologia do solo e isso precisa ser corretamente mapeado para garantir uma máxima eficiência na hora do “Fazer”
- quando já estamos rodando o PDCA é preciso olhar para a última etapa do ciclo anterior e identificar as falhas para incluí-las em nosso novo planejamento.
Com um diagnóstico preciso em mãos, como o fornecido pelo A2P (Agricultura de Alta Performance), podemos partir para a análise e planejamento de metas e ações para cada Zona de Manejo.
Nesta etapa é preciso contar com o apoio de Engenheiros Agrônomos que possam identificar o qual o potencial de resposta de cada corretivo ou fertilizante e a viabilidade de investimento pensando no curto, médio e longo prazo. Afinal é preciso manter um equilíbrio entre custos e possibilidade de ganhos, nosso objetivo aqui é aumentar a rentabilidade da área não só a sua produtividade, ou seja, estabelecemos nossas metas.
Sabendo disto partimos para o plano de ação, o que deverá ser feito em cada Zona de Manejo, como as operações devem ser realizadas e o mais importante: toda a equipe precisa estar ciente do que será feito e como deverá ser feito, isto é, precisamos estabelecer já no plano de ação a capacitação da equipe de campo para as próximas etapas.
Fazer
Este é um momento crucial, principalmente no agro, se algo der errado agora, só poderá ser corrigido na próxima safra, então devemos começar pela capacitação e treinamento.
A Shōjiki trabalha isso na forma de Coaching, isto é, vamos mostrar a equipe de trabalho o que precisa ser feito, porque precisa ser feito e como deve ser feito. Este treinamento dá sentido as ações, um técnico agrícola, um operador, só irá fazer corretamente o que foi determinado (muitas vezes de forma diferente do que ele vinha fazendo até então) se ele entender porquê precisa mudar a forma de trabalho.
Esse é o erro mais comum na etapa do “Fazer”, “eu sempre fiz assim e deu certo, porque tenho que fazer de outro jeito agora?” “todo mundo faz assim, porque agora eu tenho que fazer diferente?” é o que mais costumamos ouvir, mas é justamente por não aceitar a mudança ou fazer sempre do mesmo jeito que, em muitas propriedades, a produção e rentabilidade se mantém estagnadas ou em declínio.
É hora de executar o plano de ação para cada Zona de Manejo estabelecida no plano.
Checar
No Agro o nosso checar é constante, principalmente porque temos uma janela bem estreita de tempo que podemos usar para checar e agir dentro do ciclo de uma safra. Sim! Estamos falando aqui do monitoramento constante da nutrição vegetal.
Acompanhar e antecipar o primeiro diagnóstico foliar é obrigatório! A opção por uma análise foliar com DRIS permite que possamos realizar de forma antecipada a análise foliar (quando comparada as análises por suficiência) e assim antecipar ações da fase de “Agir” para melhorar a performance da planta.
Em algumas culturas podemos checar de 2 a 3 vezes a nutrição vegetal, esse monitoramento ganha agilidade quando estamos numa área com A2P pois reduz drasticamente os pontos de coleta (aqui as amostras são coletadas apenas no Ponto Inteligente de cada zona de manejo).
Também é preciso ficar atento e checar constante os demais fatores envolvidos: clima, ervas daninhas, pragas, etc., afinal eles serão importantes no próximo ciclo de planejamento.
Agir
Quando fazemos o monitoramento nutricional podemos agir durante o processo e isso é determinando para garantir uma alta performance e uma boa produção.
Mas o agir vai além da correção imediata, ele também indica que devemos nos preparar para uma nova fase, um novo ciclo de planejamento e ações.
Aqui também se faz essencial a participação do Engenheiro Agrônomo que poderá avaliar os resultados, conversar com a equipe para identificar as falhas, as dificuldades e estabelecer a influência de cada fator no resultado final.
É um momento de reflexão sobre o trabalho realizado, nosso cliente Alexander Lira destaca muito bem isso. “Se não fosse o trabalho realizado com a Shōjiki e o A2P teríamos prejuízo na nossa última safra, passamos por 2 veranicos com estiagem severa em momentos fundamentais para a soja, se nosso solo não estivesse preparado para dar suporte teríamos perdido quase tudo. Ainda podemos melhorar, mas nesta última safra já foi possível ver os resultados do trabalho de construção do perfil do solo.”