Algumas vezes lemos notícias ou ficamos sabendo de pesquisas que nos fazem pensar: mas porque fizeram isso? Este é um desses casos!
A notícia começa com “pesquisa (…) mostra que, em solos férteis, aumentar o uso de fertilizantes pode não ter impacto significativo na produção” e continua com “Dobrar a adubação no solo não é sinônimo de maior produtividade para a soja – mesmo quando se coloca um número de plantas maior do que o recomendado”.
Vamos começar analisando e discutindo só esse trecho:
Se você parar para analisar só estes 3 questionamentos já perceberá que não há o menor sentindo dentro das teorias agronômicas.
O que mais nos preocupa, como uma empresa de consultoria agronômica focada em fertilidade de solo e nutrição de plantas está ainda mais a frente na notícia.
Note que em nenhum momento a noticia fala de diagnóstico ou avaliação das condições da fertilidade e nutrição. Dizem apenas que o solo é fértil, mas não falam dos resultados das análises químicas e sequer falam de avaliação nutricional da planta, através da diagnose foliar.
A adubação aparentemente foi realizada seguindo tabelas de recomendação, sem diagnóstico e, portanto, sem avaliar adequadamente o estoque de nutrientes no solo.
A afirmação de que a ‘rentabilidade extra’ não paga os ‘custos com os insumos’ é que torna os produtores tão reticentes ao uso de novas tecnologias! E acabam limitando a produtividade por falta de diagnóstico e adubação eficiente.
Afirmar que o investimento maior em adubação (SEM DIAGNÓSTICO) sempre tem como benefício a manutenção ou melhora das condições do solo também é um erro. Afinal, o desequilíbrio irá impactar na disponibilidade destes nutrientes na solução do solo, além de pré dispor o sistema a uma contaminação do meio ambiente, uma vez que a maioria destes fertilizantes são solúveis e podem percolar ou lixiviar contaminando recursos hídricos regionais.
A melhor economia que o produtor pode fazer, mesmo quando há aumento no preço dos fertilizantes, é fazer o planejamento da adubação para o seu sistema de produção, com base em diagnósticos como a análise de solo e análise foliar.
Só desta forma o produtor irá encontrar a tão esperada rentabilidade extra! Extraindo o máximo potencial produtivo do cultivar com o uso racional dos insumos, mantendo o balanço nutricional adequado e preservando a sustentabilidade local.