A Análise Foliar (ou Análise de Tecido Vegetal) é o método mais eficiente para verificar as necessidades nutricionais das plantas a fim de garantir o uso correto de fertilizantes. Isso significa disponibilizar os nutrientes que a planta precisa para expressar todo o seu potencial produtivo, gastando somente o necessário na compra de fertilizantes, aplicando apenas o que a planta está “pedindo” para manter o equilíbrio nutricional.

Um erro bem comum é “aplicar fertilizantes para garantir”, sem qualquer tipo de análise, pois isso desequilibra o ambiente produtivo e pode levar as plantas a condições extremas como toxicidade e desequilíbrio nutricional grave.

Mas o que uma análise foliar com DRIS pode me mostrar de diferente?

Para começar precisamos lembrar que toda parte química é invisível, podemos saber quanto foi aplicado de calcário ou adubo, mas visualmente não podemos saber o que de fato está disponível na solução do solo para a planta em cada estágio do seu desenvolvimento.

Tomamos como exemplo este inicio de safra 2018/2019. Aqui na região do Mato Grosso do Sul e grande parte do Paraná as chuvas estão intensas e isso pode acarretar em lixiviação (tanto da calagem quanto da adubação) dos nutrientes que são absorvidos, principalmente, na forma ânion-iônica como nitrogênio, boro e enxofre.

Estamos nos referindo justamente a estes elementos pois nas primeiras análises foliares desta safra (já realizamos a 1ª análise de milho!) o Boro e o Nitrogênio já estão aparecendo com maior frequência como elementos limitantes.

Não podemos nos esquecer que esse desequilíbrio pode se agravar no decorrer da safra, por isso é preciso seguir as recomendações do agrônomo e realizar as análises periodicamente, a fim de evitar problemas e perdas no enchimento dos grãos.

A lixiviação de nutrientes fundamentais como cálcio, magnésio e a deficiência de boro também podem tornar as plantas mais suscetíveis a doenças, principalmente a ferrugem, já que estes elementos estão diretamente relacionados à construção da parede celular. (Clique aqui e veja o vídeo do Dr. José Carlos Vieira, que fala justamente como uma nutrição adequado diminui os riscos de doenças e pragas).

Se você nunca fez análise foliar o processo é relativamente simples:

1. Você identifica as áreas a serem amostradas por serem homogêneas (por exemplo: se toda a área cultivada vem de um histórico semelhante de adubação, cultura e manejo, e não apresenta visualmente diferenças no desenvolvimento e coloração das plantas, você pode coletar amostras em áreas maiores, se há talhões que possuem históricos diferentes, um onde anteriormente foi plantado milho, outro trigo, e assim por diante, o ideal, na primeira análise é coletar separadamente).
2. O ideal é que a primeira coleta seja realizada logo que seja possível. Normalmente aos 30 à 40 dias após a emergência da planta. A folha a ser coletada é sempre a terceira folha de cima para baixo tanto para soja como para o milho (veja como coletar as amostras de forma detalhada no site da Laborsolo, nossa parceira para a realização das análises, clique aqui!)
3. As folhas são então coletadas, embaladas em saquinhos de papel e devidamente identificadas. Assim as amostras estão prontas para serem enviadas à um Laboratório e solicitado a Análise do DRIS. Vale destacar que não são todos os laboratórios que realizam a Análise com DRIS, nós trabalhamos e indicamos a Laborsolo, que além de possuir o maior banco de DRIS do país, possui certificação a Certificação  ISO/IEC 17025. Você pode ouvir mais sobre o DRIS neste podcast (Clique aqui!)
4. O Laboratório realizará a análise do material e nós encaminhara os laudos com o resultado do DRIS.
5. Com o resultado em mãos nossa equipe de Engenheiros Agrônomos irão fazer a interpretação dos resultados e receitar o melhor procedimento a ser feito, considerando o momento de desenvolvimento da cultura.
6. O número de coletas durante a safra é variável e pode ser feito durante todo o ciclo de desenvolvimento da cultura desde que a planta ainda tenha tempo hábil para responder aos tratamentos.

Quer começar a fazer o monitoramento nutricional na sua área? Fale conosco! Vamos explicar passo a passo todo o processo e todas as vantagens agronômicas e econômicas que o monitoramento foliar garante para sua propriedade!